Uma das maiores manias do ser humano, nesse mundinho em que vivemos, é colocar nomes nas coisas. Nomear, classificar, definir, sabe?! As pessoas gostam de definir as outras pessoas, bem como os objetos, os acontecimentos e até os sentimentos. Na escola a lição é decorada e comumente nos deparamos com os “defina” ou “classifique” que perpetuam em outros âmbitos da vida.
Nas minhas divagações, tento entender o motivo dessa necessidade – criada por nós mesmos – de enquadrar as coisas e tenho sugestões de respostas:
Talvez pelo desejo de formatar as coisas de maneira que o maior número de pessoas possível possa ter acesso a uma informação uniforme;
Outra possibilidade é identificar o que não sou eu, é identificar a diferença e atribuir conceitos a tudo que não pertence ao meu ser.
Mas, quem sou eu? Ou o que sou eu? Refletir sobre si mesmo e a sua existência não é uma tarefa fácil e nem deve ser. Para pensar sobre o tema, trago aqui uma passagem de um livro que gostei muito e, sendo assim, quero compartilhar. Em “O retrato de Dorian Gray”, destaco uma conversa entre o protagonista, Dorian, e Harry – o lorde Henry Wotton.
“- Que é você, então?
- Definir é limitar.
- Dê-me um fio, um indício.
- Os fios rebentam. E você se perderia no labirinto.
-Surpreende-me. Mudemos de assunto.”
Nas minhas divagações, tento entender o motivo dessa necessidade – criada por nós mesmos – de enquadrar as coisas e tenho sugestões de respostas:
Talvez pelo desejo de formatar as coisas de maneira que o maior número de pessoas possível possa ter acesso a uma informação uniforme;
Outra possibilidade é identificar o que não sou eu, é identificar a diferença e atribuir conceitos a tudo que não pertence ao meu ser.
Mas, quem sou eu? Ou o que sou eu? Refletir sobre si mesmo e a sua existência não é uma tarefa fácil e nem deve ser. Para pensar sobre o tema, trago aqui uma passagem de um livro que gostei muito e, sendo assim, quero compartilhar. Em “O retrato de Dorian Gray”, destaco uma conversa entre o protagonista, Dorian, e Harry – o lorde Henry Wotton.
“- Que é você, então?
- Definir é limitar.
- Dê-me um fio, um indício.
- Os fios rebentam. E você se perderia no labirinto.
-Surpreende-me. Mudemos de assunto.”
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5 comentários:
Baw ah, kasagad sa imo maghimo blog. Nalingaw gd ko basa.
Well done for this wonderful blog.
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A esse respeito Mário Quintana questiona “Por que prender a vida em conceitos e normas?”
Estranha mania essa, não? rsrs
Será que povos de cultura oriental também vivem sob a ânsia do definir, do nomear? Ou esta é apenas uma mania cultivada pela sociedade ocidental?
Bem, mania ou não, não podemos negar que a impossibilidade de se definir algo nos deixa angustiado, pois quando não conseguimos defini-lo, não conseguimos dominá-lo. E tudo que foge ao nosso controle, causa medo...
E a frase de Quintana reflete muito isso, “prender a vida”, domesticá-la, conseguir dominá-la como se fosse um animalzinho de estimação.
Assim seria mais fácil, não é mesmo? Mas também seria extremamente sem graça. Em alguns setores da vida acredito que é necessário essa impossibilidade de definição.
Definir é limitar. Ponto.
Resta saber quando a limitação é útil e quando é supérflua.
:)
Beijo linda.
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