terça-feira, 29 de julho de 2008

Existe lógica do amor?



Em tempos cujas expressões balança favorável, alta do dólar e inflação estremecem a estabilidade das almas que teimam em continuar vivas na Terra, Daniel, sempre muito ligado às transações comerciais, tem dificuldades em administrar sua vida amorosa.

Vez em quando, para tentar entender as coisas do coração, recorre a um trechinho do velho conhecido “Menestrel” que diz mais ou menos assim: “beijos não são contratos e presentes não são promessas”.

Lê, relê. É... Ele não consegue mesmo entender essas coisas. É abstração demais esse negócio de literatura para um cabra tão matemático e cartesiano. Não vê as entrelinhas.

Desiste.

Mas o diabo mora nos detalhes e Daniel encontra um estranho pedaço de papel no bolso. Era dela. Era a letra dela. Seu jeito único de assinar.

Aquelas palavras se embaralhavam como um enigma ante os olhos quase infantis de Daniel. O bilhete dizia: “O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo”.

Bem que ela tentou usar os signos que ele estava acostumado.

Mas... Definitivamente, Rubem Alves é metáfora demais para ele.

4 comentários:

Anônimo disse...

Se existe eu estou a procura... rsrsr

Amei o texto!! Vc a cada dia se supera...

Deveria investir mais nessa modalidade.

E realmente acho que temos alguma "conexão sobrenatural" rsrsrs

Será que Freud explica??

Anônimo disse...

Oi celebridade! rsrssr

Acho que não posso mais te chamar de "minha futura jornalista", falta tão pouco e vc está escrevendo a cada dia melhor. Meus Deus!! Quando eu crescer, tb quero escrever assim... Vc me ensina??? Juro que serei uma boa aluna...

Amiga, a cada dia mais orgulhosa de ver seu crescimento profissional e amadurecimento intelectual e pessoal. A cada dia textos melhores... mais críticos, que nem mesmo por isso são "duros".São textos que carregam a beleza de quem os escreveu: VC!!!

Amei o texto!!

Bjos

Anônimo disse...

Sempre que venho aqui e penso em comentar, me deparo com cometários como esse de Dani e penso: Nâo há mais nada a dizer!

Pode parecer uma cópia, mas é o que sempre te digo... Quando crescer, eu quero ser igual a vocÊ!

Como sempre, adorei o texto!!

Bjocas!

Anônimo disse...

Ave Maria! Ele reconhece o "seu jeito único de assinar" e, enfim, lê: "te amo, porque te amo".

lindinho, amiga.