Aff! Café em salão de beleza? Nem pensar!
Duas experiências (como observadora, apenas. Graças a Deus!) na semana passada me motivaram a escrever um post-campanha contra o ‘cafezinho’ em salões de beleza.
Conto-lhes os dois fatos:
1. Local: Salão chique de um shopping chique da cidade.
Autora: a servente.
Vítima: Uma cliente pra lá de meia idade, dondoquíssima.
Caso: Estava eu sentada próxima à área de atuação manicures quando a dondoca chegou para pintar as unhas. A profissional, bastante instruída para ser um poço de educação e sorrisos com as clientes, recebeu acolhedoramente a senhorinha e começou seu trabalho. Logo, a dondoca perguntou:
- Aqui vocês servem água, café...?
- Claro, senhora!, respondeu sem pestanejar e já chamando a mocinha responsável por tal tarefa e fazendo o pedido da cliente que se resumia a um copo d’água e uma xícara de café puro: sem leite e sem açúcar.
A funcionária saiu vagarosamente arrastando suas sandálias com uma cara de quem comeu e não gostou em direção às escadas para atender (atender?) a solicitação.
Na volta, entregou primeiro a água. A senhora deu uma golada e depositou o copo numa mesinha ao lado. Em seguida, pegou a xicrinha de café e ao olhar para o que tinha nas mãos, recusou-se a aceitar a oferta, explicando que a xícara estava suja de batom na borda. Resultado: ela chamou a gerente e disse que se a xícara estava daquela forma, imagine o resto dos materiais...
2. Local: Salão mais ou menos de um shopping popular da cidade.
Autora: uma manicure, pedicure ou cabeleireira... Sei que não era uma servente.
Vítima: meus olhos e nada mais
Caso: Estava eu lá, sentada, aguardando a minha vez no piso superior do salão onde agradeci o silêncio, e o ar-condicionado em pleno funcionamento diante da equação espaço x quantidade de pessoas x secadores, chapinhas, produtos químicos. Apareceu uma moça que foi preparar um cafezinho para oferecer aos clientes numa cafeteira elétrica. A criatura estava perdida com cara de ‘quem sabe como isso funciona?’. Depois de algumas pancadas aqui e acolá, muita força e pouca habilidade com o equipamento, ela conseguiu que o café ficasse pronto. Aí foi a MEHOR parte: Ela assoprava cuidadosamente o café enquanto ia despejando-o na garrafa. Pronto. Terminado o serviço, garrafa tampada. Ela desceu as escadas para oferecer xicrinhas de bactérias para os clientes.
Eu, passada, só pensava em minha mãe que não rejeita um cafezinho.
Campanha: RECUSE CAFEZINHOS!
O que os olhos não vêem outros órgãos podem padecer...